Governo não vai prorrogar redução do IPI para eletrodomésticos e automóveis, diz Mantega

28/01/2010 - 23h13

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os estímulos fiscaispara a compra de eletrodomésticos da chamada linha branca, comofogões e geladeiras, não serão prorrogados. O anúncio foi feitoem Zurique, na Suíça, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, queestá na Europa para participar do Fórum Econômico Mundial, emDavos, no mesmo país.A vigência da redução doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a linha brancatermina neste domingo (31). No caso do setor automotivo, o fim doprazo para os incentivos está previsto para 31 de março. Osestímulos foram prorrogados no final do ano.Embora o FundoMonetário Internacional (FMI) faça previsõesde crescimento econômico de 4,7% para o Brasil, o ministro émais otimista e reafirmou que espera um índice entre 5% e 5,5% em2010. Para ele, é justamente esse o motivo para o governo nãoprorrogar as desonerações concedidas a vários setores como oautomotivo e o de eletrodomésticos. Essas medidas foram adotadaspara ajudar o Brasil a enfrentar a crise econômica mundial, que tevemaiores impactos no país no último trimestre de 2008 e se estendeudurante o ano passado. Mantega lembrou que setorindustrial sofreu com a crise, mas que as previsões para 2010 são decrescimento. Ontem (28) a Confederação Nacional da Indústria (CNI)divulgou pesquisa com dados que mostram uma evolução no nível deemprego no setorindustrial.Onecessidade do fim dos incentivos fiscais para a linha branca e aosautomóveis também é compartilhada pelo ministro do Planejamento,Paulo Bernardo. Ontem o ministro disse que não vê anecessidade na renovação dos incentivos fiscais para esses setores.EmDavos, o ministro Guido Mantega participa de sessão plenáriaseguida de entrega do prêmio de Estadista Global ao presidente LuizInácio Lula da Silva. Lula não viajou por recomendação médicadepois de ter uma crise hipertensiva na última quarta-feira (27)à noite, no avião presidencial que o levaria à Suíça. Ele foi representado em Davos pelo ministro das RelaçõesExteriores, Celso Amorim. Alémda solenidade de entrega do prêmio, Mantega participa de um painelsobre o Brasil e de uma sessão com líderes economia mundial. Alémde Amorim e Mantega, o presidente do Banco Central, HenriqueMeirelles está no encontro.