Cheia do Rio Paraíba do Sul obriga Furnas a abrir vertedouros de represa no Rio

28/01/2010 - 15h30

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A empresa Furnas Centrais Elétricas ampliou na manhã de hoje (28) avazão do vertedouro da represa do Funil, no Rio Paraíba do Sul, no sulfluminense, para 200 metros cúbicos (m3) por segundo. A empresa já havia aberto overtedouro no final da noite de ontem (27), para liberar 100 metros cúbicos porsegundo. Com isso, no total, Funil está liberando 561 m3 para o rio, jáque 361 metros cúbicos estão passando pelas turbinas por segundo.SegundoFurnas, a culpa por alagamentos que possam ocorrer em cidades àsmargens do Paraíba do Sul não pode ser atribuída à empresa, já que arepresa está retendo 100 m3 dos 661 m3 por segundo que está recebendodo rio. De acordo com a assessoria de imprensa, tem chovido muito emSão Paulo, origem do Paraíba do Sul, e, se não fosse a represa, asituação dessas cidades estaria muito pior.A represa do Funilestá operando com cerca de 82% de sua capacidade. A abertura dovertedouro, no entanto, não preocupa as cidades do sul fluminense, quesofreram com alagamentos nos últimos dias, devido às chuvas e cheiasdos rios.O município de Volta Redonda, que está com o RioParaíba do Sul a mais de 1 metro acima do nível normal e ainda tem pontos dealagamento na cidade, só consegue sentir os efeitos da abertura dovertedouro da represa cerca de 10 horas depois. Depois daabertura da noite de ontem (27), o coordenador municipal da DefesaCivil, major Rodrigo Ibiapina, disse que o rio subiu apenas 3 centímetros.“Considerando que, no domingo,estivemos com 3,67 metros [acima do nível normal] e hoje estamos com 1,3 metro,podemos dizer que o rio está no seu leito normal. Está tranquilo. A cidade só passa hoje por uma grandelimpeza que não acabou ainda”, disse o major. Ainda segundo ele, VoltaRedonda só sentirá os efeitos da segunda abertura no início da noite de hoje.EmResende, primeiro município depois de Itatiaia, onde está localizada arepresa, também não há preocupação com relação à represa de Funil. “Nãoteve nenhuma influência, por enquanto, a abertura do vertedouro darepresa do Funil”, disse o coordenador da Defesa Civil do município,coronel Marco Antônio Resende.Segundo ele, a maiorpreocupação do município, no momento, são os deslizamentos de encostas,já que nos últimos dias tem chovido forte na cidade, durante a tarde.Em Barra Mansa, o rio ainda pode subir 1,2 metro sem causar problemas dealagamentos na cidade, segundo informou o coordenador da Defesa Civil municipal, Manoel Carlos da Silva.