Taxa de desemprego na América Latina e no Caribe passou de 7% para 8,2% em 2009

26/01/2010 - 18h59

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ataxa de desemprego na América Latina e no Caribe aumentou de 7%, em 2008,para 8,2%, em 2009, segundo dados divulgados hoje (26) pela OrganizaçãoInternacional do Trabalho (OIT). O índice representa 4 milhões a maisde desempregados apenas no ano passado.O relatório anualTendências Mundiais do Emprego indica que a porcentagem detrabalhadores em situação de extrema pobreza estava entre 7% e 9,9% em2009 – um incremento de até 3,3 pontos percentuais em relação à 2008.Em 2010, a estimativa é que o desemprego diminua levemente – até 8%.Aodestacar o Brasil, a OIT lembrou que, antes do início da criseeconômica, o crescimento econômico do país foi “robusto”, com média de4,4% anual em termos reais, durante o período 2004-2007, e de 6,4% decrescimento acumulado nos três primeiros trimestres de 2008. Odesemprego havia caído de 9%, em 2004, para 7,7%, em 2008, e o percentualde trabalhadores que contribuíam para o sistema de seguridade socialultrapassou os 50% em 2007, atingindo 52,1% em 2008.“No entanto, o início da crise, em setembro de2008, interrompeu o crescimento econômico e teve um impacto imediato enítido sobre o emprego”, aponta o relatório. O crescimento do ProdutoInterno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2008, em relação ao mesmoperíodo do ano anterior, caiu para 1,3% – uma redução de 3,4%em relação ao trimestre anterior. Como resultado da recessão, ataxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanasregistradas na Pesquisa Mensal de Emprego (PME) aumentou de 7,3%, noquarto trimestre de 2008, para 8,6%, no primeiro e no segundo trimestre de2009.Já no terceiro trimestre de 2009, a OIT ressaltou que ocrescimento econômico brasileiro foi retomado e que a taxa dedesemprego nas principais regiões metropolitanas voltou aosníveis pré-crise – 7,9%, no terceiro trimestre de 2009, em comparação com7,8 %, no terceiro trimestre de 2008. “Registros da criação de empregos formais mostram que houve crescimento do emprego líquido desde fevereiro de 2009 no setor industrial, que foi o setor mais duramente atingido pela recessão”, revela o estudo. Entre janeiro e outubro de 2009, 1,2 milhão de empregos formais foram criados, o que representa um ganho de 3,6 % sobre o estoque de emprego de 2008.