FMI eleva previsão e projeta crescimento de 4,7% para o Brasil em 2010

26/01/2010 - 15h31

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a previsão decrescimento para a economia brasileira em 2010. Segundo estudodivulgado hoje (26) pelo FMI, o Produto Interno Bruto (PIB) do paísaumentará 4,7% neste ano.A estimativa é mais conservadoraque as projeções oficiais. Segundo o Ministério da Fazenda, o PIB,soma dos bens e serviços produzidos no país, terá expansão de5,2% neste ano. O ministro Guido Mantega divulgou a projeção nasemana passada na primeira reunião ministerial do ano. No Relatóriode Inflação, publicado no fim de dezembro, o Banco Central prevêcrescimento de 5,8%.Apesar da previsão menos otimista que asdo governo, as perspectivas do FMI apresentaram melhora em relaçãoao levantamento anterior. Em outubro, o FMI previa que o paíscresceria 1,2% em 2010. Para 2011, o FMI estima que o PIB brasileirocrescerá 3,7%, contra projeção de 0,2% em outubro.Deacordo com o FMI, o crescimento da economia brasileira continuaráinferior ao dos países emergentes. O estudo estima que as economiasem desenvolvimento crescerão 6% em 2010 e 6,3% em 2011. Esse ritmo,no entanto, será puxado pela Índia e pela China, que deverãoregistrar expansão superior a 7,5% nos dois anos.Para oFundo Monetário, o principal desafio após a crise financeirainternacional será o controle do fluxo de dinheiro que entra naseconomias emergentes. Esses recursos, adverte o FMI, podem provocarnovas bolhas de ativos nas nações em desenvolvimento, que vãorequerer atenção das autoridades econômicas.Em relaçãoaos países avançados, o fundo recomenda a retirada gradual dosprogramas de estímulo à economia, apesar do impacto que essasmedidas têm provocado na dívida pública de nações desenvolvidas.Para não aumentar as preocupações com a sustentabilidade fiscal, oFMI sugere que os governos tenham uma estratégia de comunicaçãoclara sobre a retirada dos estímulos fiscais e monetários.Areforma das instituições financeiras deve continuar a serprioridade, avalia o FMI. De acordo com o estudo, os legisladores emtodo o mundo devem se mover com ousadia para reduzir os riscos deinstabilidades futuras provocadas pela aplicação em ativos derisco.