País é líder em recolhimento de embalagem de agrotóxicos

20/01/2010 - 16h59

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil segue lídermundial no recolhimento de embalagens de agrotóxicos. Em 2009, foramrecolhidas cerca de 28 mil toneladas, um retorno de 90%. Apesar de10% dos recipientes provavelmente ainda estarem em contato com anatureza, podendo causar danos à saúde humana e animal e ao meioambiente, a taxa é bem superior à de outros países. Canadá,Estados Unidos e Japão têm índices de recolhimento entre 20% e30%.Desde 2002, quandoentrou em funcionamento o Instituto Nacional de Processamento deEmbalagens Vazias (Inpev), o país já recolheu mais de 136 miltoneladas de recipientes usados. Os estados de Mato Grosso, Paraná,Goiás e São Paulo participaram com mais de 60% desse volume.Segundo o coordenadorde Agrotóxicos do Ministério da Agricultura, Luís Carlos Rangel, odiferencial brasileiro é o sistema de fiscalização, no qual orevendedor e o comprador são identificados e a devolução dasembalagens monitorada, inclusive com punições previstas nas leis deagrotóxicos e de crimes ambientais.As embalagens podemficar armazenadas por até um ano. Após a devolução, o produtortem que guardar o comprovante por mais um ano para fins defiscalização. Antes de devolvê-los, o agricultor deve fazer atríplice limpeza dos recipientes, que consiste em seu esvaziamento,lavagem e perfuração, para que não sejam reutilizados.Quando não haviaprograma de recolhimento de embalagens e nem legislação específicasobre o assunto, elas eram enterrados, queimados ou jogados em rios.Essas práticas são nocivas ao meio ambiente e aos seres vivos.