Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério daDefesa vai pedir ao Congresso Nacional que autorize o envio de mais1,3 mil militares para o Haiti, devastado por um terremoto no últimodia 12. Com isso, o governo atente a um pedido da Organização dasNações Unidas (ONU) para aumentar para 2,6 mil homens o contingentebrasileiro na Missão das Nações Unidas para a Estabilização noHaiti (Minustah).
Na exposição demotivos interministerial, os ministros das Relações Exteriores,Celso Amorim, e da Defesa, Nelson Jobim, pedem a autorização do Congresso para dobrar o número de soldados e oficiais na força depaz, comandada pelo Brasil. Hoje, há 1,3 mil militares brasileirosno país caribenho.
A prioridade,segundo o Ministério da Defesa, seria o envio de militares que játenham servido no Haiti. De acordo com o comandante do Exército,general Enzo Martins Peri, 10 mil homens já estiveramnaquele país. Com o reforço no contingente, afirma Jobim, serápossível atender, com a urgência necessária, o pedido da ONU.
Logo após oConselho de Defesa da Nações Unidas ter autorizado que mais 3,5 milmilitares se somem aos cerca de 7 mil já lotados no Haiti, aMinustah sugeriu que o Brasil incrementasse sua participação, deforma imediata, com pelo menos 900 militares, entre fuzileiros navaise policiais do Exército. Além disso, o comando da missão de pazespera poder contar com uma reserva de mais 400 brasileiros paradeslocá-los rapidamente àquele país, caso o governo brasileiro aceitea proposta.
“Consideramos quea elevação do contingente brasileiro deve ser significativa paraque o Brasil possa reforçar sua atuação no terreno e manterparticipação decisiva no esforço de assistência ao Haiti”,sustenta o ministro, na exposição de motivos.
A exposição demotivos interministerial será encaminhada à Casa Civil, a quemcompete enviá-la ao Congresso Nacional, a fim de que sejatransformada em decreto legislativo. De acordo com o presidente doSenado, o senador José Sarney, a comissão representativaresponsável pelos trabalhos legislativos durante o recessoparlamentar será convocada para votar o pedido já na próximasegunda-feira (25).