Mudanças no perfil do paulistano reproduzem tendência global, diz pesquisa

20/01/2010 - 14h31

Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Uma pesquisa comparou dados do registro civil de 50 anos atrás com os do começo da primeira década do século 21 e constatou mudanças significativas no estilo de vida do paulistano. O estudo foi feito pela Fundação Sistema Estadualde Análise de Dados (Seade) e foi divulgado hoje (20)."O paulistano está reproduzindo um modelo urbano que é uma tendênciaglobal", analisou uma das autoras da pesquisa, a demógrafa Bernadette Cunha Waldvogel. Segundo o estudo, o paulistanocasava, em 1957, aos 27 anos em média, enquanto a paulistana casava-secom 24. Atualmente, a média subiu para 32 anos para os homens e 29 anospara as mulheres. "Estamos falando de casamento formal que estásendo postergado porque as pessoas estão dando prioridade aos estudos,à carreira", comentou.De acordo com a demógrafa, outro ponto interessante da pesquisa é abaixa taxa de fecundidade atual (que relaciona o número de nascimentos com o demulheres com idade entre 15 e 49 anos - consideradas férteis) comparadacom os dados da segunda metade do século 20: de 94 caiu para 57 a cada mil mulheres nestafaixa etária. A pesquisa apontou ainda que a parcela de idosos praticamente dobrou. Entretanto, o número de jovens com menosde 15 anos diminuiu 5%. "A idade média dos paulistanos elevou-se emseis anos, subiu de 27 para 33 anos. A parcela de crianças e jovens está diminuindo e aumentando a de idosos", contatou Bernadette. Ainda de acordocom a demógrafa, a intenção do estudo é preparar a cidade e orientar as políticas públicas para evitar problemas de infraestrutura no futuro.