Ministério Público denuncia três franceses e dois brasileiros por tumulto em voo da TAM

20/01/2010 - 14h19

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Ministério Público Federal em Guarulhos (SP) denunciou trêsfranceses e dois brasileiros pelo crime de atentado contra a segurançaaérea. Segundo o MPF, eles teriam causado tumulto e tentadoinvadir a cabine de comando de um avião da TAM durante o procedimentode decolagem. O voo JJ8096 partia do aeroporto internacional de Cumbicacom destino à França. O episódio ocorreu às 2h30 do último dia 7 de dezembro.Um dos franceses também foi denunciado por desacato à autoridade e resistência à prisão, por ter agredido com um soco um dos policiais federais que tentavam retirá-lo do avião.Para o MPF, os acusados expuseram o voo a risco, uma vez que o tumulto ocorreu quando a aeronave estava prestes a decolar.Segundoo Ministério Público, depois de problemas técnicos queatrasaram a decolagem da aeronave, o comandantedo voo ofereceu aos passageiros a alternativa de desembarque, mas ninguém aceitou. Conforme a denúncia, após oanúncio do fechamento das portas do avião, o grupo passou a insuflar osdemais passageiros, que deixaram seus assentos e tentaram invadir a segunda seção da classe executiva.OMPF afirma que os três franceses denunciados incentivaram a invasão dacabine de comando quando a aeronave já estava com o motor esquerdoligado e taxiando na pista de decolagem. O comandante, com receio deque a cabine fosse invadida, resolveu, então, abortar a  decolagem.APolícia Federal foi chamada, e os passageiros retornaram a seuslugares. Dois passageiros, com problemas de saúde, foram atendidos. Oscomissários identificaram os líderes do tumulto e apontaram os trêsfranceses e os dois brasileiros. De acordo com o MPF, durante aretirada do francês que agrediu o policial brasileiro, o acusado alegouque não estava sujeito às leis brasileiras e que não acataria a ordemdos policiais para desembarque, que só o faria sob ordem de policiaisfranceses. Os três franceses denunciados estão obrigados a permanecerno Brasil até o julgamento do caso.