Rivadavia Severo
Enviada Especial
Boa Vista - Os militaresbrasileiros estão preocupados com uma possível escalada daviolência em Porto Príncipe, capital do Haiti, devastado por umterremoto no último dia 12. Eles temem que a falta de água e decomida, aliada à fuga de detentos de alta periculosidade dospresídios destruídos pelo tremor de terra, cause problemas desegurança pública no país.O controle do espaçoaéreo haitiano por tropas norte-americanas também provocaincertezas nos militares brasileiros, que comandam a força da paz daOrganizações das Nações Unidas (ONU) naquele país. Eles têmreceio que os Estados Unidos restrinjam a chegada de missões doBrasil ao Haiti. Hoje, por exemplo, o Boeing 737 da Presidência daRepública, conhecido como Sucatinha, não foi autorizado a pousar emPorto Príncipe, o que só deve ocorrer nesta terça-feira, às 13h(horário de Brasília).O avião leva umamissão com 40 pessoas, entre representantes da Presidência daRepública, do Ministério da Defesa, do Exército, da Marinha e daAeronáutica, além de jornalistas. O Boeing 737 da Presidência terá40 minutos para pouso e desembarque amanhã em Porto Príncipe. Emseguida, terá de voar para Santo Domingo, capital da República Dominicana, onde aguardará ordem para retornar à capital do Haitipara pegar uma delegação que voltará ao Brasil.