Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil está no grupode países intermediários em relação ao cumprimento de metas sobreacesso e qualidade de ensino estabelecidos pela Organização dasNações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco),segundo Relatório de Monitoramento de Educação para Todos 2010,lançado hoje (19) pela entidade.O país ocupa 88ªposição em um ranking de 128 países. Em 2000, mais de 160países assinaram o compromisso Educação para Todos, que previa ocumprimento de seis metas incluindo a universalização do ensinofundamental, a redução da taxa de analfabetismo e a melhoria daqualidade do ensino. Para isso, criou um o Índice de Desenvolvimentode Educação para Todos (IDE).A Noruega lidera oranking da Unesco.Ela e mais 60 paísesestão no grupo daqueles que já cumpriram ou estão perto deatingir todos os objetivos firmados no compromisso. Trinta e seisestão no grupo “intermediário” e 30 são classificados como EDIbaixo.Ao analisar ocumprimento das quatro principais metas estabelecidas pela Unesco,constata-se que o Brasil tem um bom desempenho no que se refere àalfabetização, ao acesso ao ensino fundamental e à igualdade degênero. Mas tem um baixo desempenho quando se analisa o percentualde alunos que conseguem passar do 5° ano do ensino fundamental.O relatório aponta queo Brasil apresenta alta repetência e baixos índices de conclusãoda educação básica. Na região da América Latina e Caribe, a taxade repetência média para todas as séries do ensino fundamental éde 4,4%. Mas no Brasil, o índice é de 18, 7% - o maior de todos ospaíses da região.Algumas inciativas doBrasil para melhorar a qualidade e o acesso à educação sãodestaque no relatório. Entre elas, o programa Brasil Alfabetizado, oBolsa Família, o Fome Zero e as mudanças na política definanciamento.“No Brasil, porexemplo, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da EducaçãoBásica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb)desempenha papel importante para a redução do déficit definanciamento de educação e para uma distribuição mais equitativados recursos entre áreas ricas e pobres”, afirma a organização.