Deputado petista vai à PF e pede que Durval Barbosa seja ouvido na CPI da Codeplan

19/01/2010 - 15h20

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O deputado distrital Paulo Tadeu (PT) reuniu-se hoje (19) com odiretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, para pedirque o ex-secretário de Relações Institucionais do DistritoFederal, Durval Barbosa, seja ouvido na Comissão Parlamentar deInquérito (CPI) da Codeplan, que investiga um suposto esquema de pagamento depropina no governo local. A convocação de Durval foiaprovada quinta-feira (14) pela CPI instalada na Câmara Legislativa,porém, como o ex-secretário, denunciante do esquema, está noPrograma de Proteção à Testemunha, é preciso acertar o depoimentocom a Polícia Federal. De acordo com Paulo Tadeu, autor dorequerimento de convocação, ficará a cargo da PF definir a data eo local para o depoimento de Durval – o deputado reconhece que aCâmara Legislativa não oferece segurança suficiente. Os policiaisdefinirão ainda quem poderá acompanhar o depoimento, além dosdistritais. Paulo Tadeu defende que o ex-secretário seja aprimeira pessoa ouvida pela comissão e espera que ele revele fatosnovos em relação aos já divulgados do inquérito da OperaçãoCaixa de Pandora, que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ).Algumas informações do inquérito permanecem em segredo de Justiça.“Eu só quero ouvir o Durval. Para mim, é ele o queinteressa”, disse o distrital. Na opinião do deputado, Durval nãopode se negar a prestar o depoimento, pois a comissão parlamentartem prerrogativa para convocá-lo. A CPI também já aprovourequerimento para convocar os diretores e sócios das empresasprestadoras de serviços ao governo do Distrito Federal e de ondesairia o dinheiro para abastecer o esquema de pagamento de propina adeputados distritais em troca de apoio ao governador José RobertoArruda (sem partido).Dos cinco integrantes da CPI, PauloTadeu foi o único a participar da reunião com a PF. Segundo ele, opresidente da comissão, deputado Alírio Neto (PPS), avisou que nãopoderia comparecer porque estava preso em um engarrafamento notrânsito. .