Ministro anuncia concurso para contratação de 500 peritos para o INSS

18/01/2010 - 14h39

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O ministro daPrevidência Social, José Pimentel, anunciou hoje (18)que o governo pretende reforçar as equipes de médicospara as perícias em segurados do Instituto Nacional do SeguroSocial (INSS) por meio de concurso público, previstos paraserem realizados no próximo mês de março. Segundoele, serão contratados 500 profissionais para assumir oscargos já no mês de abril. Hoje, o número deperitos soma 5,2 mil. O ministro informou ainda que o governoaguarda aprovação pelo Congresso Nacional de projeto delei para a contratação de outros 500 peritos. Ascontratações, segundo Pimentel, devem reduzir o tempode espera para o atendimento do segurado, que hoje chega a ser menosde 15 dias em 75% das agências em todo o país.Oministro participou de encontro com representantes do ConselhoSuperior de Estudos Avançados (Consea), da Federaçãodas Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), quediscutiu a saúde do trabalhador. Pimentel disse que em2008 foram registrados 740 mil acidentes de trabalho, sendo que 30%eram referentes a lesões nas mãos. Os números,segundo o ministro, evidenciam a necessidade de mais investimentosnos equipamentos das empresas.Mas para o presidente do Consea,Ruy Martins Altenfelder, a grande preocupação dosempresários é a contabilidade das contas da Previdênciae as diferenças que existem no pagamento dos benefíciosdas aposentadorias entre celetistas, autônomos e funcionáriospúblicos. Pimentel lembrou, no entanto, que pela primeiravez, desde 1985, que a Previdência obteve um saldosuperavitário em 2009, de R$ 3,6 bilhões sobre opagamento dos benefícios das áreas urbanas. Para umaarrecadação de R$ 179,9 bilhões, o governo pagouo montante de R$ 176,3 bilhões. Já em relaçãoaos benefícios do setor rural houve um déficit de R$40,8 bilhões. A receita alcançou R$ 4,6 bilhõese foram pagos R$ 44, 1 bilhões.“A última vez quea previdência pública urbana foi financeiramenteequilibrada foi em 1985. De 1986 até 2007, a gente precisavaem média de R$ 14 bilhões para fechar as contas”,disse Pimentel, apontando que, em entre 2007 e 2008 houve umaexpressiva queda nas necessidades financiamentos para equilibrar oorçamento, passando de R$ 14,3 bilhões para R$ 1,5bilhão. Ele salientou que o sucessor do presidente Lulavai encontrar as contas equilibradas. O bom desempenho, conforme oministro, se deve, principalmente, à realizaçãodo censo que permitiu reduzir 452 mil benefícios. As reduçõesdo valor pago nas aposentadorias por conta do fator previdenciário,segundo ele, tem pouco impacto. Dos 4,8 milhões de benefícios,94% não envolveram cálculos com base no fatorprevidenciário. Os 6% restantes com reduçõesreferem-se aos benefícios concedidos por tempo decontribuição.