Mato Grosso do Sul tem início de surto de dengue

17/01/2010 - 9h55

Da Agência Brasil

Brasília - ASecretaria de Saúde do Estado do Mato Grosso do Sul está emalerta devido ao aumento da incidência dos casos de dengue no estado.De acordo com os dados divulgados, o número de notificações em 2009cresceu cerca de 250% em relação a 2008. Em 2009, foram registrados20.273 casos, mais da metade no primeiro semestre. Nas primeiras duassemanas de janeiro, a secretaria já registrou 2 mil incidências.Omunicípio que apresentou maior incidência decasos foi Pedro Gomes com 6.269 casos por 100 mil/habitantes, seguido de Bodoquena, com 5.521,Guia Lopes da Laguna (4.276), Jardim (3.057), Ladário (2.714),Porto Murtinho (2.196), Nioaque (2.019), Rio Brilhante (1.282),Anastácio (1.184) e Aquidauana (715). Todos se encontram emsituação de risco. Outros municípios, especialmente das regiõesoeste e sul do estado, também apresentaram surtos da doença, com taxasem torno de 578 casos por 100 mil habitantes. Até o momento, os municípios de Alcinópolis,Brasilândia, Caracol, Japorã, Jateí, Novo Horizonte do Sul, Paranhos eSelvíria não notificaram casos da doença. Segundo o diretor daAgência de Vigilância em Saúde, Eugênio de Barros, a maioria doscasos notificados em 2008 foi descartada, pois os exames laboratoriaisderam negativos. Isso fez com que a população não tomasse as medidas preventivas e que oscasos aumentassem novamente.“Em 2008 foi um ano tranquilo. Em 2009, somando a epidemia do início do ano e essa que apareceu em dezembro,deu mais de 20 mil casos. Perto de 75 mil (de 2007) ainda épouco, mas a gente não quer que suba, chegue a 50 mil", disse Barros. "Então a hora dereverter é agora. As ações estão em campo, nós estamos no maiorenvolvimento, com os três níveis de governo trabalhando para seguraressa epidemia.”Segundo ele, a secretaria faz oacompanhamento semanal das ocorrências para saber em que cidades estãomais concentradas os casos e quais bairro têm apresentado aumento. Elealerta a população quanto ao acúmulo de água em pneus, latas de lixo,vasos de plantas, garrafas, e outros locais que contribuem para amultiplicação do mosquito Aedes aegypt.“O governo não podedeixar alguém em cada quintal desse país o ano inteiro. Fazemos avisita a cada dois meses e orientamos a população. Então nesse intervalo cada um éresponsável pela sua casa, pelo seu quintal”, afirma o diretor.