BB aposta no setor têxtil e de confecções para gerar mais emprego e renda

17/01/2010 - 10h11

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Principal apoiofinanceiro das ações empresariais voltadas para exportação, oBanco do Brasil (BB) tem entre suas prioridades o setor têxtil e deconfecções, que é um grande gerador de empregos e renda, comodestaca o gerente executivo da Diretoria de Micro e Pequenas Empresasdo banco, Ascletus Ramatiz.Ele informou que atualmente obanco trabalha com mais de 155 mil pequenas empresas do ramo deconfecções, às quais emprestou, no ano passado, R$ 1,940 bilhãonas principais linhas de crédito: R$ 828,5 milhões no BB GiroEmpresa Flex, R$ 609,4 milhões no BB Giro Rápido e R$ 502,2 milhõesem Desconto de Títulos.Mesmo com a crise financeirainternacional, iniciada em setembro de 2008, lembrou Ramatiz, “emem nenhum momento, tiramos o pé do acelerador, e queremos aumentarmais ainda o apoio ao setor”. Segundo ele, a instituição pretendecontinuar emprestando, de modo a aumentar aua participação nessesegmento de mercado e ajudar no crescimento das pequenas empresas.Ointeresse do BB no comércio e na indústria do vestuário é grande,tanto que patrocina pela terceira vez consecutiva a São PauloFashion Week, que começa hoje (17), na capital paulista, e vai atéo dia 22. É também o banco oficial da Feira Brasileira de ModaÍntima, Praia, Fitness e Matéria Prima, marcada para junho, em NovaFriburgo, no Rio de Janeiro.Em novembro, com o lançamento doportal Brasil WebTrade, o setor ganhou mais um aliado no sentido depotencializar a inserção de micro e pequenas empresas no setorexterno – e o setor de confecções responde hoje por cerca de 34%das transações das pequenas empresas para fora do país, conformebanco de dados do BB.Ramatiz disse que há seis meses obanco tem uma linha especial para financiamento de capital de giro,vinculada ao Fundo Garantidor de Operações (FGO), com boa aceitaçãodos clientes empresários. É a BB Giro APL (sigla de ArranjoProdutivo Local), com 24 meses para pagamento e três meses decarência, corrigida pela Taxa Referencial (TR), mais juro fixo de1,35% ao mês no âmbito do FGO. Sem cobertura do FGO, a correçãosobe para TR, mais 1,55%.O BB apoia 43 agrupamentos depequenos empresários do ramo têxtil e de confecções, chamados dearranjos produtivos locais, que congregam 3,8 mil empreendimentos, ejá disponibilizou para eles R$ 196,2 milhões. Um desses APLs é ode moda íntima de Nova Friburgo, que gera 25 mil empregos diretos eindiretos, e é responsável por 25% da produção nacional de modaíntima.De acordo com Ramatiz, esse tipo de associaçãofacilita as negociações e põe o BB “muito próximo do cliente”.Além disso, o arranjo produtivo local possibilita melhores condiçõesde trabalho e de sobrevivência das micro e pequenas empresas, queganham competitividade nos mercados interno e externo, com maisgeração de empregos e renda.