Relator da CPI do MST quer encerrar trabalhos até junho

03/01/2010 - 14h41

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - AComissão Parlamentar Mista de Inquérito do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) recebeu 65requerimentos de parlamentares com pedido de informação, quebra desigilo e convocação de autoridades. Segundo o plano de trabalhoaprovado, os integrantes da CPI vão dedicar as primeiras semanas dereuniões a apreciação desses requerimentos.Entreas autoridades que poderão ser ouvidas estão o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra),Rolf Hackbart, o ministro do Desenvolvimento Agrário, GuilhermeCassel, e representantes de organizações não governamentais (ONGs).Oplano de trabalho, no entanto, prevê que os parlamentares da CPIvisitem as autoridades a serem ouvidas e não que as oitivas sejamfeitas no plenário da comissão. “Esse esquema de visita funcionabem”, comentou o vice-presidente Onyx Lorenzoni (DEM-RS).ACPI vai trabalhar de olho no relógio. A ideia do relator, deputadoJilmar Tatto (PT-SP), é encerrar a CPI ainda em junho, antes da Copado Mundo e das eleições presidenciais. “A preocupação é fazerantes do recesso de julho. No segundo semestre, pouca coisa acontece.Por isso, tive a preocupação de colocar leitura e aprovação dorelatório para o final de junho”, disse.Segundoele, as discussões mais calorosas irão ocorrer entre os ruralistase os representantes dos movimentos sociais que integram a CPI. “Mas,ninguém vai encobrir nada. Se tiver irregularidade, tem de apurar epagar por isso”, avisou.