Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O leilãode energia elétrica A-5 deve ocorrer ainda no primeirosemestre de 2010, segundo o presidente da Empresa de PesquisaEnergética (EPE), Mauricio Tolmasquim. A concorrênciaservirá para preparar a produção energéticado país para os próximos cinco anos, conforme a demandaestimada pelas distribuidoras de energia.De acordocom Tolmasquim, o governo preferiu aguardar a concessão delicenças ambientas para incluir na licitaçãoalgumas hidrelétricas, além das usinas térmicasque já estavam previstas. “O ano de 2009 terácrescimento negativo no consumo de energia, por causa da crise. Aqueda será de 0,5%, o que nos dá uma folga”, explicouo presidente da EPE. Com isso, as usinas de Teles Pires, em MatoGrosso, Santo Antônio do Jari, na divisa entre o Amapáe o Pará, e Garibaldi, em Santa Catarina, são algumasdas que devem entrar no leilão. Segundo ele, o ideal ésempre contar com usinas hídricas nos leilões mistos,mas nem sempre é possível fazer isso, em funçãodo tempo para liberação de licenças ambientais.Opresidente da EPE deu as declarações apósaudiência pública na Comissão de Infraestruturado Senado, onde esteve para falar sobre o blecaute do últimodia 10 de novembro. Ele explicou que não faz sentido compararo que houve naquele dia com a falta de energia de 2001 e 2002, quando oBrasil precisou racionar energia.De acordocom ele, ao contrário do que ocorreu há 7 anos, quandoo país perdeu alguns pontos percentuais no Produto InternoBruto por causa do corte de 20% de energia, o custo dessa vez foi“irrisório”. “É praticamente irrisórioporque aconteceu à noite, quando você quase nãotem atividade de comércio ou indústria. É outraordem de grandeza”, afirmou Tolmasquim. Contudo, ele nãoquis quantificar exatamente quanto foram as perdas financeiras com oblecaute que deixou 18 estados energia.