Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra(MST) negou hoje (9), por meio de nota, que tenham ocorrido furto oudepredações durante invasão à FazendaSanto Henrique, de propriedade da empresa Cutrale, em Borebi (SP). O MST, diz na nota, que é contra aviolência e que recorreu à ação dedestruição do laranjal com “última alternativapara chamar a atenção da sociedade para o absurdo fatode que uma das maiores empresas da agricultura – que controla 30%de todo o suco de laranja do mundo – se dedique a grilar terras”.A organização afirma ainda que sóocupa fazendas que têm origem na grilagem de terras públicas,como no caso da fazenda da Cutrale. “São áreas quepertencem à União e estão indevidamenteapropriadas por grandes empresas, enquanto se alega que háfalta de terras para assentar trabalhadores rurais sem terra”.A fazenda foi tomada por integrantes do MST no dia27 de setembro e desocupada na última quarta-feira (07),pacificamente, após determinação da Justiça.No mesmo dia, a Polícia Civil de Borebi abriu um inquéritopara apurar se os integrantes do MST teriam cometido crimes de furto,dano, esbulho possessório e formação dequadrilha. A denúncia é de que cercade 12 mil pés de laranja tenham sido destruídos porintegrantes do movimento. A polícia também investiga sehouve furto de móveis e eletrodomésticos das casas decinco colonos que moravam no local.