Calote dá lugar à solidariedade no Dia do Advogado no Rio

11/08/2009 - 14h55

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Aos poucos o dia 11 deagosto vai deixando de ser motivo de preocupação paradonos de bares e restaurantes no Rio de Janeiro. Tambémconhecido como Dia do Pendura – em referência aos calotes deestudantes e estagiários de direito nesses estabelecimentoscomerciais –, o Dia do Advogado, comemorado hoje (11), foi umaoportunidade para essas pessoas doarem sangue. Graçasà iniciativa de advogados, estudantes e estagiários dedireito, o Instituto Estadual de Hematologia (Hemorio), órgãoda Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil, conseguiurepor, provisoriamente, os estoques da instituição, quenesta época do ano costumam ficar muito abaixo da média.Para o vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasilno Rio de Janeiro (OAB-RJ),Lauro Schuch, que coordenou a atividade e foi um dos doadores, a iniciativainédita busca acabar com a imagem negativa deixada pelo Dia do Pendura.“Queremosenfatizar para a sociedade que a carreira de advogado estáligada à ética e à solidariedade. Iremosrealizar esse tipo de ação todos os anos e incentivamosoutras instituições a promover atividades similares,pois o que estamos fazendo aqui é hoje é salvar vidas.”Desde o mês passado o Hemorio está em alertamáximo. O instituto, que abastece com sangue e derivados cercade 200 unidades conveniadas com o Sistema Único de Saúde(SUS) continua fazendo um apelo para que a populaçãocontinue a doar sangue. Nesta época, as coletas nãoultrapassavam 200 bolsas ao dia, enquanto a média de doaçõesdiárias é de 350.A situação foiagravada por causa do aumento de casos de influenza A (H1N1) –gripe suína –, que fez o número de doadores cair emmais de 50%.