Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O prefeito de Cuiabá (MT), Wilson Santos (PSDB), solicitou à Caixa Econômica Federal que suspenda os pagamentos para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na capital mato-grossense. A medida foi anunciada após a Polícia Federal (PF) deflagrar, hoje (10), a Operação Pacenas, que prendeu o procurador-geral do município, José Antônio Rosa, empresários do setor da construção civil e funcionários públicos.
“Quero me inteirar dos fatos que levaram a tal decisão”, disse o prefeito, referindo-se à determinação do juiz federal Sebastião Julier, que, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), concedeu 11 mandados de prisão preventiva, todos cumpridos pela PF.
Santos disse não acreditar que a suspensão temporária dos pagamentos resulte na paralisação das obras. O prefeito também garantiu que a prefeitura atende à todas as normas federais e que todas as recomendações feitas anteriormente pelo Tribunal de Contas da União (TCU) foram cumpridas.
“Qualquer ação no sentido da moralidade e correção de postura tem meu integral apoio. A prefeitura e a Sanecap [Companhia de Saneamento da Capital, empresa pública responsável pelos procedimentos licitatórios], têm ordens de repassar à Justiça qualquer documento que colabore na elucidação desse episódio”, concluiu Santos, durante entrevista coletiva realizada esta tarde.
Wilson disse não ter tido acesso nem à sentença judicial, nem à denúncia que culminou com as prisões. E defendeu o procurador-geral do município.
No início da noite, a reportagem tentou contato telefônico com os sindicatos da Construção Pesada (Sincop/MT) e da Construção Civil de Mato Grosso (Sinduscon/MT), cujos presidentes, José Alexandre Schutze e Luiz Carlos Richter Fernandes estão entre os presos preventivamente, mas ninguém atendeu às chamadas. A assessoria da Sanecap disse que somente a prefeitura comentaria o caso.