Sarney qualifica de "distorção de má-fé" acusá-lo por ação contra jornal

03/08/2009 - 16h13

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Senado,José Sarney (PMDB-AP), qualificou hoje (3), em nota à imprensa, de“distorção de má-fé” a tentativa de responsabilizá-lo pelainiciativa de recorrer à Justiça para proibir o jornal O Estado deS. Paulo de veicular as gravações feitas pela Polícia Federaldurante a Operação Boi Barrica, em 2006. Nelas,há conversas entre Sarney e o filho, o empresário Fernando Sarney, tratando de um emprego no Senado para o namorado de uma de suasnetas.Fernando Sarney foiindiciado pela PF por formação de quadrilha, criaçãode instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro efalsidade ideológica. “Não fui consultado sobre essa iniciativa[de Fernando Sarney em recorrer à Justiça para proibirdivulgação de gravações], deexclusiva responsabilidade dele e de seus advogados, e por isso éuma distorção de má-fé querer me responsabilizar pelo ato”, disse o presidente do Senado.Eleargumentou ainda que a iniciativa tomada por seu filho foi dedefesa de um direito seu. Segundo o senador, Fernando Sarney “tem sidovítima de cruel e violenta campanha infamante por parte de O Estadode S. Paulo. “O empresário tem sua vida, sua família, suaindependência”, acrescentou o senador.