Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Fundo Garantidor de Crédito(FGC) para pequenas empresas, anunciado nesta semana pelo ministro daFazenda, Guido Mantega, será uma evolução doFundo de Garantia à Promoção da Competitividade(FGPC), operado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicoe Social (BNDES) e voltado para companhias exportadoras de pequeno porte.
O presidente do BNDES,Luciano Coutinho, disse que o FGPC era um fundo de pequena escala e contingenciável, do ponto devista orçamentário. "Ele funcionou um tempinho e depoisfoi contingenciado. Então, ficou sufocado”.
Coutinho destacou que no atualmomento de crise internacional, no qual há dificuldade decrédito, principalmente para as pequenas empresas, uma daspropostas feitas pelo BNDES à equipe econômica foi reformular o FGPC. A idéia é ampliar aabrangência do fundo para toda as empresas de pequeno porte,sem limitação para empresas exportadoras. Do mesmomodo, ele defendeu o aumento da escala do fundo, porqueconsidera que “um fundo contingenciado não inspira confiançados bancos operadores”.
Informou que aformatação do fundo está sendo ultimadapelas equipes de técnicos do BNDES e do Ministério daFazenda. A expectativa é de que o Fundo Garantidor de Créditoseja anunciado na próxima semana. “Ele pode vir aser um instrumento muito importante para a mitigação derisco de crédito”.
Embora sem quererprecisar qual será o valor de recursos do fundo, Coutinhoadmitiu que, “para ele realmente ter um impacto, não podeser um fundo muito pequeno. Normalmente, um fundo podegarantir de oito a dez vezes o seu patrimônio. Nósqueremos que ele tenha um volume mínimo para ter impacto sobreo risco de crédito de pequenas empresas”. De acordo comestimativas do ministro da Fazenda, Guido Mantega, a intenção éque o fundo tenha dotação de cerca de R$ 4 bilhões.“O importante éque ele seja um instrumento eficaz para dar conforto ao sistemabancário, que está muito líquido, mas nãoestá emprestando para a pequena empresa”, observou.