Protógenes pede ao STF para não ser preso durante depoimento à CPI dos grampos

30/03/2009 - 21h23

Da Agência Brasil

Brasília - O delegado da Polícia Federal (PF) Protógenes Pinheiro de Queiroz entrou hoje (30) no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de habeas corpus preventivo para permanecer calado, e não ser preso por isso, durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas Clandestinas. Protógenes foi convocado para depor na CPI na quarta-feira (1º).De acordo com a defesa do delegado, o Supremo não teria tempo suficiente para decidir o mérito do pedido. Por isso pede que o STF garanta liminarmente um salvo-conduto contra ilegalidades e a obrigatoriedade de assinar um termo de compromisso como testemunha no depoimento.Os advogados também querem que seja mantido o direito de Protógenes Queiroz permanecer calado, sem ser preso, e que tenha assistência de um advogado durante o depoimento.Protógenes foi o responsável pela Operação Satiagraha que investigou e prendeu o banqueiro Daniel Dantas, além do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o investidor Naji Nahas, acusados de crimes contra o sistema financeiro.O nome de Protógenes foi associado, depois das prisões, a supostos grampos ilegais feitos inclusive no Supremo. Ele foi afastado da função de diretor de Inteligência Policial da PF e é alvo de inquérito policial em São Paulo.