Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Umdia após o encerramento da audiência pública que a Comissão Parlamentarde Inquérito (CPI) da Pedofilia realizou em Catanduva (SP), o prefeitoda cidade, Afonso Macchione Neto, visitou a escola do bairro onde mora a maior parte das cerca de 40 crianças supostamente vítimas deabusos sexuais. Acompanhado das secretárias municipais da Educação eAssistência Social, Macchione Neto esteve na Escola Municipal Nelson deMacedo Musa, no Jardim Alpino, cumprindo o primeiro compromisso daforça-tarefa contra pedofilia anunciada ontem (19) pelo próprioprefeito.“Estamos aqui para conhecer as minúcias dosacontecimentos” disse o prefeito aos jornalistas. “Estamos conversando com o diretor da escola e com os professorespara sabermos o que temos que fazer para proteger as vítimas. Aprincipal tarefa é tratar delas”, afirmou.Segundo o prefeito, equipesextras de psicólogos e assistentes sociais serão levadas ao JardimAlpino, bairro da periferia de Catanduva, para agilizar o tratamentodas crianças. Professores também serão orientados para que possamminimizar possíveis problemas que venham a surgir no convívio entre assupostas vítimas e outras crianças da escola.Macchione Netoafirmou ainda que um trabalho preventivo deve ser realizado no bairro, onde reside a maioria das vítimas.O prefeito destacou a importância do envolvimento das mães no cuidadocom as crianças para que o trabalho seja ainda mais eficiente. “As mãesprecisam voltar a olhar para seu filhos”, disse o prefeito, lembrandoque algumas mudanças de comportamento das vítimas só foram notadas pelodiretor da escola, Edmilson Sidney Marques, que depôs no primeiro diada CPI.O prefeito afirmou também que amanhã (21), ele e demais membros do grupo sereunirão com as mães do Jardim Alpino para traçar planos de ação. De acordo com ele, na segunda-feira (23)as primeiras medidas deverão ser implementadas. Macchione Neto espera que em 90 diassejam apresentados os primeiros resultados da força-tarefa.