Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Opresidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje (20) maiorparticipação dos países em desenvolvimento emorganismos internacionais ligados à economia, como o FundoMonetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. Para opresidente, a reformulação da composiçãode tais organismos é “inadiável”. “Areformulação das instâncias e das governançasfinanceiras é inadiável. O G8 [grupo dos sete paísesmais industrializados do mundo, mais a Rússia] mostrou-seaquém das necessidades atuais. O G20 [grupo dos paísesem desenvolvimento] é parte da solução”,afirmou o presidente. SegundoLula, instituições como FMI e o Banco Mundial sóvão recuperar sua credibilidade e sua capacidade de açãoquando houver maior participação dos países emdesenvolvimento. "Nãofaz sentido aumentarmos nossa contribuição para essasinstituições enquanto os países ricos,responsáveis pela atual crise, que afeta a todos, continuarema dar as cartas nessas instituições”, afirmou Lula,em encontro de empresários brasileiros e argentinos na sede daFederação das Indústrias do Estado de SãoPaulo (Fiesp).Lula e apresidente da Argentina, Cristina Kirchner, encontraram-se hoje (20),na sede da Fiesp, para elaborar uma estratégia conjunta para apróxima reunião do G20, que será realizada emLondres no mês de abril. “Ao chegarmos, no dia 2 deabril, a Londres para o [encontro do] G20, teremos consciênciade que será a primeira vez, na história dos últimosdois séculos, que dois países em desenvolvimento vãochegar a uma reunião com mais autoridade moral do que ospaíses ricos. Porque a nossa economia está maisarrumada, porque os nossos bancos estão mais sólidos”,afirmou Lula.