Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os petroleiros filiados a 17 sindicatos ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) entrarão em greve de cinco dias a partir do primeiro minuto da próxima segunda-feira (23), paralisando a produção nas refinarias e terminais.Os petroleiros alegam que a Petrobras não apresentou proposta para as principais reivindicações da categoria, entre elas, a manutenção dos empregos nas empresas que prestam serviços à estatal e sobre a segurança e saúde no trabalho.Hoje (19), sindicalistas ligados à FUP estiveram reunidos com representantes da empresa, mas não chegaram a um acordo. Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador-geral da FUP, João Antônio de Morais, disse que a Petrobras não chegou nem apresentar uma proposta para solucionar os problemas de segurança e saúde dos petroleiros.“Nos últimos dez anos mais 100 petroleiros perderam a vida nas unidades da Petrobras em todo o país. Somente este ano já morreram dois trabalhadores, um dos quais na primeira plataforma do pré-sal [a P-34, no Espírito Santo] e a Petrobras insiste em manter uma política de segurança e saúde conservadora, na linha de jogar a culpa no trabalhador que morreu e não se abre à discussão com os petroleiros”, afirmou. João Antônio de Morais garantiu que a categoria manterá em funcionamento os serviços de abastecimento de derivados à população, a preservação dos equipamentos da Petrobras e o fornecimento de combustíveis para setores essenciais como hospitais, transporte público e Corpo de Bombeiros. Procurada pela reportagem da Agência Brasil, a assessoria de imprensa da Petrobras informou que a empresa está aberta ao diálogo e à negociação e espera um entendimento com os petroleiros antes de segunda-feira, quando terá início a greve.