Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), firmou hoje (19) um contrato de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para apoiar o fortalecimento das micro, pequenas e médias empresas (MPEs) no Brasil.
Os recursos no valor de US$ 1 bilhão terão igual contrapartida da instituição brasiliera eorrespondem à terceira parcela do Convênio de Linha de Crédito Condicional (Cclip), lançado em 2004 pelo BID e estabelece a concessão de US$ 3 bilhões ao BNDES em três etapas para projetos de investimentos de MPEs as micro, pequenas e médias empresas.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, ressaltou a importância do crédito do BID no momento de crise internacional, em que a escassez de crédito tem “afetado de maneira mais aguda” as micro e pequenas empresas.
O representante do BID no país, José Luis Lupo, informou que a parceria com o BNDES começou em 1997 e desde então já foram celebradas seis operações no valor de US$ 5,5 bilhões com recursos da instituição. A contrapartida do banco brasileiro elevou esse montante para US$ 9,8 bilhões aplicados em programas de crédito multissetorial para esse segmento da economia.
“O objetivo é melhorar a competitividade das micro, pequenas e médias empresas, ajudar na expansão e modernização produtiva”, disse Lupo.
Coutinho anunciou que BNDES iniciará em abril negociações com o BID visando um segundo programa com as mesmas características e objetivo. Ele prometeu se empenhar para conseguir antecipar, pelo menos, uma parte dos novos recursos para 2009, “até para assegurar uma taxa de crescimento satisfatório para o Brasil e a América Latina".
O presidente do BNDES lembrou que o empréstimo do BID não é a única fonte de recursos da instituição para as MPEs. No ano passado, o banco desembolsou R$ 9 bilhões para o segmento e a intenção é ampliar este valor, em pelo menos 10% em 2009. Ele ressaltou, no entanto, que isso vai depender da colaboração da rede de agentes privados.
“Nós temos tido preocupação com a cautela demonstrada pela rede privada nos últimos tempos na oferta de crédito. Por isso, o BNDES, o Ministério da Fazenda e o Banco Central estão estudando alternativas para estimular mais o crédito ao segmento de pequenas empresas”, afirmou Coutinho.