Jarbas diz no plenário que sofreu retaliação de Renan, que o retirou da CCJ devido a entrevista

03/03/2009 - 20h40

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A briga interna noPMDB foi parar hoje (3) no plenário do Senado, onde o senador Jarbas Vasconcelos(PMDB-PE) voltou a fazer duras críticas a seu partido. Ele acusou olíder do PMDB, Renan Calheiros (AL), de retaliação ao retirá-lo daComissão de Constituição e Justiça (CCJ) e abriu mão de participar dequalquer outra comissão nas vagas pertencentes ao partido.Segundoele, “nem na ditadura militar” foi tão cerceado como agora pelo comandopeemedebista. Jarbas Vasconcelos reafirmou que não retira uma palavrasequer das considerações que fez em entrevista à revista Veja arespeito de Renan Calheiros; do presidente do Senado, José Sarney(PMDB-AP); e das políticas implementadas pelo governo federal.JarbasVasconcelos denunciou, ainda, que está sob investigação de arapongas.Entretanto, não citou nomes nem tampouco apontou os mandantes dassupostas espionagens. “Sei que estão levantando minha vida, minhasprestações de contas à Justiça Federal e à Receita “, disse o senador em seudiscurso.Em um recado aos supostos investigadores, JarbasVasconcelos afirmou que não teme qualquer ação contra ele,acrescentando que enfrentou coisas piores quando enfrentou o regimemilitar. “Vocês não me amedrontam”, disse.Quanto aos nomes doscorruptos peemedebistas, o parlamentar afirmou que não faz parte de suaatribuição apontar nomes. “Para isso existe a Receita Federal, aPolícia Federal e a Justiça Eleitoral”. Ele ressaltou, no entanto, que osparlamentares que lhe cobram isso não honram o mandato para o qualforam eleitos.O senador reservou parte de seu discurso paracomentar os problemas gerados pela disputa política em torno do controledo fundo de pensão Real Grandeza, de Furnas. Ele defendeu uma auditoriapara investigar a aplicação dos recursos que compõem o fundo de pensão.