Elaine Patricia Cruz
Enviada Especial
São José dos Campos - Parecia um dia normal detrabalho para Ralph Nélio Machado, que trabalhava na áreade chapeamento da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) montando peças dentro de aviões.Ontem (21), no entanto, faltando 10 minutos par deixar seu turno detrabalho, Machado recebeu a notícia de que após um ano edez meses de trabalho estava demitido da empresa.“Foi muito difícil,espero recuperar o emprego”, lamentou. Ele é um dos 4,2 mil empregadosda empresa emitido por causa da crise econômica segundojustificou a Embraer em comunicado ontem. Além dele tambémfoi demitido da unidade da empresa em São José dosCampos o fresador Júlio César da Silva, há maisde 20 anos na Embreser e pai de três filhos.“Para mim foi umchoque. Faltava oito anos para me aposentar. Não dá paradescrever, foi muito cruel”, contou..Segundo ele sua situaçãoagora é muito complicada porque tudo o que el sabe fazernecessita do equipamento da empresa.“Não tem comomontar esse equipamento para mim aqui fora. São valores altos.Vou correr para onde?"O Sindicato dosMetalúrgicos de São José dos Campos acreditaque o número de pessoas que vão ficar sem seusempregados por conta da decisão da Embraer pode ser aindamaior, uma vez que não foram contabilizados os serviçosterceirizados que poderão ser dispensados.“Ela vai cortarmais. Não está computado aqui o pessoal dotransporte, da alimentação, da segurança”,disse o sindicalista José Donizete de Almeida.