Mantega descarta recessão e pede ousadia aos empresários

13/02/2009 - 17h14

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O ministro da Fazenda,Guido Mantega, reafirmou hoje (13) que a crise mundial nãocausará uma retração da economia brasileira em2009. Segundo ele, ao contráriodas previsões pessimistas sobre a situaçãoeconômica nacional, o Produto Interno Bruto (PIB), conjunto dasriquezas produzidas no país) do Brasil vai crescer no segundo semestre  e encerrará o ano com resultado positivo.“A economiabrasileira, depois de sofrer alguns impactos no últimotrimestre de 2008, já dá alguns sinais de recuperação. Mas é só no segundo semestre que ela vai acelerar”,afirmou ele, após participar de uma reunião do Grupo deLíderes Empresariais (Lide), em São Paulo. “Por isso,eu acredito que nós vamos terminar o ano de 2009 comcrescimento positivo”, afirmou.O ministro da Fazenda disse queainda não sabe de quanto será esse crescimento, mas admite que o percentual de expansão do PIB dependerá,principalmente, de três fatores: da eficácia das medidaspara a recuperação da economia norte-americana; dasações do governo federal brasileiro e daousadia dos empresários nacionais.“Se os empresáriosestiverem confiantes e assumirem posições ousadas, ogoverno continuará tomando medidas ousadas”, disse.“Juntos, nós construiremos um crescimento maior do que o indicado por essas previsões pessimistas.”Aos empresários,Mantega afirmou em discurso que é preciso evitar que aeconomia nacional caia na  “armadilha da parcimônia”.Segundo ele, é normal que, em uma crise,todos fiquem apreensivos e cancelem alguns negócios. Contudo,é preciso enxergar também que a crise épassageira e gera oportunidades que devem seraproveitadas.O presidente do Conselho de Administração do Grupo Pãode Açúcar, Abílio Diniz, afirmou que empresáriosde vários países do mundo, inclusive do Brasil, já estãofazendo poupança para terem os recursos necessáriospara os investimentos oportunos.Diniz, que foi um dospalestrantes da reunião do Lide, disse que o setorvarejista, da qual sua companhia faz parte, não foi afetadopela crise. De acordo com ele, os consumidores continuam comprando eisso deve causar a retomada do nível de atividade indústrial,não permitindo, assim, uma suposta retração daeconomia brasileira.O presidente da Nestléno Brasil, Ivan Zurita, também mostrou confiança nosrumos da economia nacional diante da crise. Ele afirmou que a Nestlé, por exemplo, temcomo meta um crescimento real de, no mínimo, 3% em 2009.