Gastos com cartões corporativos vão ganhar mais transparência

13/02/2009 - 17h57

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Ministério do Planejamentopretende colocar em operação até marçopróximo um aperfeiçoamento ao sistema de monitoramentode gastos de órgãos governamentais feitos por meio docartão corporativo.

A notícia foidada hoje (13) pelo ministro Paulo Bernardo, ao participar dolançamento da segunda fase do projeto BNDES Transparente, nasede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social,nesta capital.

O sistema de controledo cartão de pagamento já está implantado nainternet. Mas, o ministro Paulo Bernardo quer avançar naquestão da transparência. Para isso, estádesenvolvendo em conjunto com a Controladoria-Geral da Uniãomecanismos de monitoramento dos saques com cartões depagamento.

“Junto com a CGU, nósestamos fazendo um instrumento que vai obrigar que todos os gestoresde órgãos públicos, ao fazerem saques com ocartão, na hora de prestar contas, terão que fazer omuniciamento dos dados para o sistema. De maneira que nósvamos ter transparência completa dos recursos que foramsacados. Onde foram gastos, inclusive com número de notafiscal, que tipo de compra foi feita, em que estabelecimento. Nósvamos avançar muito. Vamos radicalizar nessa transparência,de modo que não vai ficar nenhuma área de sombra”,afirmou.

O novo mecanismo seráadotado por meio de portaria provisória, informou PauloBernardo. O objetivo é fazer com que todos os gestores prestemcontas nesse sistema, que já está funcionando. Quemfizer um saque com o cartão vai ter que adicionar no sistematodas as operações que foram feitas.

“Quando vocêfaz o saque, aparece no extrato. Quando alguém pesquisa nainternet, aparece que alguém fez um saque. Mas, ninguémsabe o que foi feito com aquele dinheiro. Foi comprado um pen drive?Uma tapioca? Ninguém sabe. Nós vamos colocar nosistema. Quem sacar vai ter que entrar no sistema e dizer o que eucomprei foi isso, isso e isso. Ficam todas as operaçõesregistradas, de modo que nós vamos ter uma transparênciatotal nesse aspecto”, disse Paulo Bernardo.

O ministro doPlanejamento lembrou que os dados referentes às comprasefetuadas com o cartão já vão automaticamentepara a internet. Ele revelou que outras mudanças estãosendo estudadas para melhorar ainda mais o sistema de cartõescorporativos, mas, “talvez”, elas exijam a publicaçãode um decreto presidencial. Essa fase será complementar àque já se encontra em vigor.