Programas sociais favorecem consumo de baixa renda

06/02/2009 - 6h44

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O economista Carlos Alberto Ramos, da Universidade de Brasília (UnB), descarta a possibilidade de uma recessão no país, estima um crescimento de 2% e acredita que os agentes econômicos “maisagressivos” consigam obter mercado e aumentar a produtividade.Odiretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, prevê crescimento de3%. Ele avalia que para  reverter o ciclo de diminuição de crédito,atividade econômica e renda, é preciso reduzir os juros, o spreadbancário (diferença do custo de captação do banco e o valor repassadoao tomador) e aumentar a oferta de crédito. Além disso, o governo devecontinuar os investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) enas áreas de saúde e educação, que ajudam a economia a “preservar o nívelde atividade”.Manuel Enriquez Garcia, vice-presidente doConselho Regional de Economia de São Paulo, não acredita que o PAC, comproblemas de liberação orçamentária e de execução de obras, possa serconsiderado uma política anticíclica. Ele avalia, no entanto, que aspolíticas sociais do governo federal poderão favorecer parte dapopulação e setores voltados ao consumo de baixa renda.O economista assinala que o recente aumento do salário mínimo terá repercussão positiva a partir de marçoe que haverá mais transferência de renda com o incremento dos valoresrepassados pelo programa Bolsa Família e com a inclusão de maisfamílias beneficiárias.