Governador de Minas defende a despolitização do PAC

06/02/2009 - 20h21

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), defendeu hoje (6) adespolitização do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). SegundoAécio, as obras do programa, muitas vezes, não estão alinhadas àsdemandas dos governos estaduais. Ele acrescentou que o PAC ainda étímido em seu estado. “Despolitizar o PAC é positivo para oBrasil. O PAC é mais do que uma plataforma, deve ser instrumento dedesenvolvimento regional”, disse. O PSDB, partido de Aécio,acusa o governo de usar o programa de investimentos como medidaeleitoreira. O governo federal nega.“Os estados devem,independente dos partidos que governem, se incorporar a essesinvestimentos propostos pelo governo federal. No momento em que há umdivórcio muito grande entre as prioridades estabelecidas pelo governofederal e as estabelecidas pelos estados e municípios, há uma perda deeficiência”, afirmou.Acompanhado do prefeito de BeloHorizonte, Márcio Lacerda, Aécio Neves apresentou ao presidente Luiz InácioLula da Silva proposta de parceria público-privada (PPP) para expandiro metrô da capital mineira e incluir a obra no PAC da MobilidadeUrbana, que deverá se lançado com objetivo de melhorar ainfra-estrutura das cidades para a Copa do Mundo de 2014.Deacordo com o governador, serão necessários investimentos de R$ 1,7 bilhão dogoverno federal, R$ 600 milhões da prefeitura e estado e R$ 1,1 bilhãoda iniciativa privada, de 2009 a 2013. A idéia é aumentar de 150 milpassageiros por dia para mais de 800 mil. “Atendida essareivindicação, acho que o PAC começará a existir efetivamente em MinasGerais”, afirmou. Aécio solicitou ainda a liberação de R$ 400 milhõesinvestir em obras de saneamento básico, dinheiro retido pelo Ministérioda Fazenda.Depois da reunião com o governador de Minas Gerais, o presidente Lula recebeu ogovernador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM). SegundoArruda, Lula autorizou financiamento do Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para compra de trens econstrução de novas estações do metrô. O presidente deuaval também para o empréstimo de R$ 284 milhões da Caixa EconômicaFederal para a pavimentação das ruas de áreas pobres do Distrito Federal.