Cristiane Ribeiro
Enviado especial
Argel (Argélia) - Os produtores de frango do Brasil terão que trabalhar muito para conseguir convencer os governos da Argélia eda Líbia a reduzir as tarifas de importação. Nestes países, o frango é produzidoem larga escala para abastecer o mercado interno e os governos dãosubsídios aos produtores.O representante da Sadia em Dubai,Nicolas Daher, que acompanha a delegação brasileira de empresários emvisita ao norte da África para estreitar as relações comerciais com oBrasil, reconhece que o caminho é difícil, mas diz que os produtores edistribuidores de frango brasileiros vão continuar as conversas. “Alémda vontade de exportar, estamos oferecendo consultoria para melhorar aqualidade do frango produzido na Líbia e na Argélia, mas, por enquantonão obtivemos sucesso”, disse ele.Após participar de seminárioentre empresários brasileiros e argelinos, hoje (27) em Argel, capitalda Argélia, o ministro da Indústria e Promoção dos Investimentos daArgélia, Abdel Hamid Temmar, praticamente descartou a possibilidade dogoverno argelino reduzir as tarifas para que os brasileiros possamexportar seu frango.“Cada vez que um país exporta, sempre pede asupressão dos direitos alfandegários, mas a Argélia não importa carnebranca do Brasil e de nenhum outro país. Já importamos carne bovina devocês e o desejo atual é de transferir tecnologia com o cruzamento deraças que possam sobreviver nas terras da Argélia. O fato de importarcarne branca é positivo para a Argélia, porque queremos reduzir nossasimportações”, disse Adbel Temmar.