Queda no ranking não significa piora na mortalidade infantil no Brasil, diz Unicef

15/01/2009 - 23h44

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) esclareceu hoje(15), que a queda de posição do Brasil no ranking da mortalidadeinfantil em crianças com até 5 anos de idade não significa uma piora da taxade mortalidade infantil no país. De acordo com o relatórioSituação Mundial da Infância 2009, o Brasil está na 107º posição em umalista com 194 paises. A colocação equivale a uma taxa de 22 mortes paracada mil nascidos vivos. No ano passado, o país ocupou a 113º posição, com taxa de 20 mortes para cada mil vivos.A coordenadorado Programa de Sobrevivência e Desenvolvimento Infantil da Unicef,Cristina Albuquerque, disse que as edições do documento utilizammetodologias diferentes, embora o esforço seja de padronização.“Nãose compara esses relatórios e este aviso está no relatório. Todos osanos eles são reajustados, atualizados e a série histórica muda. Têmdiferenças de um ano para o outro que não significam, necessariamente,melhora ou piora”, afirmou.Apesar das críticas do ministro daSaúde, José Gomes Temporão, a coordenadora disse que o Brasil é umdos paises que mais reduziu a taxa de mortalidade entre 1990 e 2007. Aqueda foi de 62%, considerando que em 1990, a taxa era de 58 mortes paramil nascidos vivos.“A 107º ou 113º posição no ranking nãoimporta. O Brasil é um dos países com a maior diminuição da taxa e vaiatingir a meta do milênio”, acrescentou Cristina Albuquerque. A reduçãoda mortalidade infantil é um dos oito objetivos pactuados por 191nações em uma reunião  promovida pela Organização das Nações Unidas(ONU), em 2000.