Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os principais desafios para oempresariado industrial brasileiro em 2009 continuarão sendoas reformas estruturais. A avaliação é do presidente da Federação das Indústrias do Estadodo Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira. “Nós temos que reduziros custos, baixar os impostos, nós temos que fazer um pacto denova lei do trabalho, para ter uma flexibilidade. Não épossível que as empresas não possam ter flexibilidadenuma hora de crise”, apontou, referindo-se à atual criseinternacional, que vem afetando setores industriais importantesno país, como o automobilístico.
Gouvêa Vieiracomentou que as leistrabalhistas em vigor foram elaboradas no século passado e é preciso trazer o arcabouço legal para a realidade do século 21. Para isso, ele destacou que é necessário que haja vontade políticado Executivo e do Congresso Nacional.
O presidente da Firjanafirmou que os empresários estão receosos em relaçãoao desempenho da atividade industrial no próximo ano. “Issoé natural. Todos estão preocupados em saber atéque ponto a economia real será machucada pela crisefinanceira.”"As estatísticas internacionais sinalizamdeclínio da produção européia e retraçãoda economia chinesa. Isso tudo vai impactar na economiamundial, afetando as expectativas das pessoas”, ponderou. Segundo ele, asprincipais preocupações do empresariado sãoinvestimentos e vendas, ou seja, a “performance da empresa noano que vem”. Gouvêa Vieira está convicto, porém,de que, no final de 2009, já poderá haver boasnotícias em relação à economiabrasileira e mundial.