Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em nota divulgada nesta tarde pela Associaçãode Praças de Santa Catarina (Aprasc), policiais militarescatarinenses, suas esposas e parentes comunicam a suspensãotemporária da greve da categoria, iniciada no dia 22 destemês. Na nota, eles alegam que suspenderam o movimento para “nãoprolongar ainda mais o sacrifício das mulheres e homens”,mobilizados em todo o estado, e para “evitar o sacrifícioainda maior da população”.Os grevistas citam os “episódios debarbárie na Grande Florianópolis, na região deBalneário Camboriú e na vasta região do GrandeOeste” do estado. “Queremos evitar a generalizaçãoda barbárie provocada pela falta de policiamento, pois a nossasociedade não merece sofrer mais do que sofre pelairresponsabilidade dos governantes”, diz a nota.O texto dos policiais comenta ainda que o enviodas tropas federais para o estado, previsto para amanhã (28),não será suficiente para o policiamento. “Os 160policiais da Força Nacional de Segurança seriaminsuficientes para policiar uma única das grandes cidades queestavam paralisadas, e sua vinda para Santa Catarina representaapenas mais uma peça de propaganda do governo do Estado, poisseria inócua sua presença, caso continuássemos omovimento”, diz a nota pública.Na nota, os policiais manifestam desagrado com ogoverno de Santa Catarina e o acusam de intransigência. “Ogoverno mentiu quando nos chamou de criminosos. Somos policiais,bombeiros, esposas e familiares. O que temos é coragem edeterminação para enfrentar de frente a posturaintransigente do governo”, diz a nota assinada pelo sargento AmauriSoares, presidente interino da Aprasc.