Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Permanece o impasse sobre a votação da proposta dereforma tributária. Hoje (2), após reunião de líderes, os deputados dabase do governo pediram mais um prazo para decidir se mantêm a posiçãode votar a proposta ainda este ano ou se aceitam a reivindicação daoposição de analisar o texto apenas em março de 2009. A resposta dogoverno deve sair nas próximas horas.O líder do governo, deputado Henrique Fontana(PT-RS), ainda acredita na votação antes do recesso e mantém o discursode que a reforma é importante para o país, porque desonera impostos.“Do ponto de vista do governo, queremos votar a reforma o quantoantes porque ela fortalece a economia brasileira”, disse o parlamentar, semdescartar a possibilidade de adiar a votação.“Queremos analisar com calma a proposta [daoposição] porque, em princípio, achamos melhor votar o primeiro turno,aqui a Câmara, já agora. Para que se conclua a votação em 2009 éimportante começar o quanto antes. Mas não podemosdesconhecer uma proposta da oposição”, argumentou o líder do governo.Para o líder do PSDB, deputado José Aníbal (SP), ogoverno reconheceu a dificuldade de colocar a proposta de reformatributária em votação antes do recesso. “O governo passou a perceber que as questões queestão sendo levantadas por nós, da oposição, e por outras forçaspolíticas, sociais e econômicas do país são relevantes sobre aquilo quese avançou até aqui”, disse Aníbal. “Não haveria tempo para ir adiantee ter uma convergência básica para se votar o parecer do relator”,completou.A oposição não aceita votar os outros itens da pauta da Câmara enquanto não houver uma definição sobre a votação da reforma tributária. Consta da pauta da Casa a análise das medidas provisórias que concedem reajuste aos servidores públicos e a apreciação dos 11 destaques para votação em separado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera o rito de tramitação das MPs.