Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As comemorações pelo Dia Nacional do Samba,no Rio de Janeiro, começaram no quilombo Pedra do Sal, no bairro da Saúde, com uma homenagem a duas estrelas do samba: o poeta Luiz Carlos,morto no mês passado, e o sambista flautista Cláudio Camungüelo. Às 17h, como ocorre há 13 anos,trens partirão da Central do Brasil levando sambistas e passageiros atéo bairro de Oswaldo Cruz, onde a festa continua com apresentações dediversos sambistas. Entre eles, Nelson Sargento, para quem o samba viveugrandes mudanças: da roda de samba e das festas de rua às grandesagremiações do carnaval. Tudo isso, segundo Nelson Sargento, gerouvariações no samba.“A mudança é perfeitamente natural. O samba começoucom o cavaquinho, o bandeiro e instrumentos de percussão. Depois, ganhou o violão e grandes compositores, como Cartola, Ismael, Noel Rosae Antenor Gargalhada. Então, com a consideração dos compositores, osamba foi ganhando mais popularidade, mais prestígio e se impôs nasociedade”.O partido alto, o samba de terreiro, o samba enredo eo samba de roda do recôncavo baiano foram declarados patrimôniosimateriais pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ressalta a diretora do Departamento de Patrimônio Imaterial,Márcia Santana.“Primeiro, fizemos o registro do samba de roda dorecôncavo baiano, que pode ser considerado o avô do samba carioca. É apartir do samba de roda, do jongo e de outras manifestações culturaisdesse tipo que o samba surge no Rio de Janeiro no começo do século XX.Em seguida, foi feito o registro das matrizes do samba no Rio deJaneiro, como o partido alto, o samba de terreiro e o samba enredo”Para atravessar a cidade no trem do samba é preciso 1 quilo de alimento não perecível. Os alimentos arrecadados serão doados aoBanco Rio de Alimentos, do programa Fome Zero.