Hospitais de SC contabilizam prejuízos com enchentes e deslizamentos

30/11/2008 - 14h31

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os hospitais do estadode Santa Catarina também foram gravemente afetados pelasfortes chuvas, enchentes e deslizamentos de terra. Somente noHospital Santa Catarina, em Blumenau, serão necessáriosR$ 2 milhões para recuperar a estrutura, segundo os cálculos do diretor-executivo da Federação dosHospitais e Estabelecimentos de Saúde de Santa Catarina, BrazVieira. “O Hospital SantaCatarina teve quase todo o piso térreo atingido pordeslizamento, incluindo clínicas, laboratórios e aparte administrativa. Apesar de todas as dificuldades, os hospitaisestão se superando e conseguindo se restabelecer agora que aságuas estão baixando”, contou Vieira em entrevista à Agência Brasil.De acordo com o representante dafederação, ohospital mais danificado foi o Santa Inês, de BalneárioCamboriú. “A cozinha, a ala pediátrica e o setor deisolamento dos pacientes [com doenças] infecto-contagiosas foram totalmentedestruídos. Ele sofreu danos muito grandes. A alimentaçãoestá sendo adquirida por serviços terceirizados”,explica.Vieira acredita que o hospital de campanha das Forças Armadas, que passaa funcionar a partir de amanhã (1º) próximo a Itajaí,dará um suporte importante no atendimento às doençasque surgirão depois da enchente. Entre elas a leptospirose,o tétano e a hepatite. A Defesa Civil do estado soltou hoje (30) umcomunicado alertando a população para a prevençãodessas doenças. Uma das orientações éferver a água antes de consumi-la para evitarcontaminação por hepatite.“Os principaisproblemas que estão sendo atendidos nos hospitais hoje sãocortes por vidro, corte por arame, ferimentos e perfurações”,enumera Vieira. Ele recomenda que as pessoas evitem transitar semcalçado fechado pelas ruas porque há muito materialentulhado nas calçadas, alguns ainda submersos. A medida evitaperfurações e possíveis infecções.Vieira destaca que osfuncionários dos hospitais e centros de saúde estãosendo muito importantes no restabelecimento do atendimento. “Os funcionários também sãovítimas, muitos deles perderam parcial ou totalmente suas casas. Éimportante reconhecer essa atuação, eles têm trabalhadocomo forma de amenizar a própria situação. Agoraé reconstruir. A manutenção da vida é oprincipal objetivo, os danos materiais são recuperáveisatravés do trabalho, do esforço coletivo”, avalia.