São Paulo faz mutirão de mamografia para prevenir câncer

29/11/2008 - 15h19

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Para prevenir o câncer de mama em mulheres, a Secretaria de Saúde de São Paulo promoveu hoje (29) mais um mutirão de mamografia em todo o estado. O objetivo era atender mulheres com mais de 40 anos, com pedido médico, e que fizeram um agendamento prévio do exame. Segundo a assessoria do órgão, 138 mil mulheres se inscreveram no mutirão nas 324 unidades de atendimento de 136 municípios do estado.O diretor-geral do Instituto de Câncer, Giovanni Cerri, disse que o exame de mamografia é importante para diagnosticar cedo o câncer de mama, permitindio a cura. “O câncer de mama é muito freqüente e é o câncer que mais mata as mulheres. E a diferença é que quando diagnosticado precocemente, a cura é obtida em mais de 90% dos casos. Quando diagnosticado tardiamente, a cura é obtida somente em 40% dos casos”, disse à Agência Brasil.De acordo com Cerri, o exame é muito simples, dura cerca de 15 minutos, consiste principalmente da radiografia dos seios e o resultado fica disponível para a paciente em uma semana. “É um exame muito simples. A mama é radiografada através do mamógrafo e as imagens da mama são analisadas por um computadorr”, explicou.A doméstica Natalina Aparecida André, de 54 anos, era uma das pacientes presentes hoje no Instituto de Câncer, na capital paulista, para fazer a mamografia. Ela disse que estava fazendo um tratamento para menopausa quando sua médica solicitou que fizesse também uma mamografia “para prevenir uma doença”. Natalina informou que anualmente faz o exame.“Morro de medo de ter um câncer e perder a mama, embora hoje já exista a reconstituição da mama. Mas prevenir é sempre melhor do que remediar”, disse.Já a aposentada Vilma Bálsamo, de 76 anos, fez o exame pela primeira vez. “Sempre fugi disso. Sempre fugi de coisa relacionada a hospitais. Agora decidi porque vim (puxada) pela orelha”, disse ela à Agência Brasil. A aposentada revelou que agora não tem mais medo de fazer o exame e nem de saber o resultado do exame, e espera que o resultado seja negativo. “Tomara que não dê (diagnóstico positivo para câncer)”, afirmou.Para o diretor-geral do Instituto de Câncer, Giovanni Cerri, “esse medo deve diminuir (na medida que a pessoa) sabe que o câncer, quando tratado na hora adequado e cedo, é curável. Quanto mais se protela o conhecimento da doença, mais a doença avança, mais complicado o tratamento e os resultados são piores”, alertou.Cerri disse que os mutirões são realizados duas vezes por ano e as mulheres devem ficar atentas às datas em que eles são programados. Elas podem agendar os exames quando procuram os centros de saúde para tratamento genicológico.A abertura do mutirão no Instituto do Câncer foi acompanhada pelo governador de São Paulo, José Serra, que destacou a importância do mutirão no combate a uma das doenças que mais atingem as mulheres no Brasil . “Trata-se de um grande esforço para detecção do câncer de mama no nosso estado”, disse.