Kátia Buzar
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O número demortes nas rodovias federais caiu 6,2% nos cinco meses de vigênciada Lei Seca, em comparação com o mesmo períododo ano passado, segundo dados do Departamento de PolíciaRodoviária Federal (PRF).O assessor nacional daPolícia Rodoviária Federal, Alexandre Castilho, disseque os números mostram que a Lei Seca tem ajudado a preservarvidas. “Estamos no caminho certo. A Lei Seca é um grandeinstrumento de fiscalização, pois reduziu o númerode mortes. A fiscalização, associada à puniçãovigorosa, é que proporciona números mais positivos nasestradas do país. Só que o Estado não pode fazertudo sozinho. Tem que ter o apoio de toda sociedade.”Ainda de acordo com osdados da PRF, entre 20 de junho e 20 de novembro, foram feitas 2.828prisões por embriaguez ao volante e 2.486 autuaçõescom o uso do bafômetro. No total, 5.314 motoristas foramautuados com base na lei 11.705.As estatísticassobre prisões e autuações mostram que o hábitode beber e dirigir dos motoristas brasileiros não diminuiu,assinalou Castilho. “As campanhas de conscientizaçãofuncionam a médio e longo prazos. É bobagem imaginarsoluções a curto prazo que não envolvamfiscalização e punição ao motoristainfrator. Ninguém está proibido de beber, mas estáproibido de misturar álcool e direção.”O balançomostrou ainda que o número de acidentes no períodocresceu 9,3% e o de feridos, 2,4%. Entretanto, o índice deocorrências com mortes apresentou queda de 6,6%. Para Castilho,é uma questão matemática. “Apesar da crise,este ano foi o melhor ano da indústria automobilísticae, sem dúvida , aumentou o número de veículoscirculando nas rodovias do país.”