Redução do consumo deve conter inflação, diz economista

03/11/2008 - 23h51

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A desaceleraçãodo consumo como efeito da crise financeira internacional deveráimpactar os preços dos produtos no mercado interno, o queacabará contendo o avanço inflacionário. Segundoo economista Carlos Eduardo Oliveira, do Conselho Regional deEconomia (Corecon), que fez essa análise, a inflação,no fechamento do ano, deva convergir para a meta oficial, de 4,5%.Analistas ouvidospelo Banco Central em torno do Índice Nacional de Preçosao Consumidor Amplo (IPCA) para o boletim Focusestimam, entretanto, que a taxa fique em 6,3%.Para Oliveira o avanço do Índice dePreços ao Consumidor (IPC) da Fundação Institutode Pesquisas Econômicas (Fipe), que passou de 0,38 em setembropara 0,50% em outubro, reflete “a correção de algunssetores que sofrem o impacto da alta do dólar”.Esse foi o caso dos alimentos. A pesquisa da Fipemostra elevação de 0,37% neste grupo contra o resultadode outubro, 0,02%. “Com a desaceleração do consumo,os preços tendem a se acomodar”, afirma o economista. Segundo ele, com a demanda perdendo força,haverá menos pressão sobre a decisão dos membrosdo Comitê de Política Monetária (Copom) nafixação da Taxa Básica de Juros (Selic),atualmente, em 13,75%.