Crise financeira deve atrasar licitação do trem-bala

04/11/2008 - 13h21

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A licitação para construçãodo trem de alta velocidade, que circulará entre as cidades doRio de Janeiro e de São Paulo, previstapara 2009, deve atrasar um pouco. Para o subsecretário deTransportes do Rio, Delmo Pinho, a crise financeira mundial podeatrapalhar os planos do governo e adiar por um ano a concorrência.“Não acho despropositado dizer que esseprojeto pode ser licitado para concessão em 2010”, dissePinho hoje (4), durante abordagem sobre o trem de alta velocidade, naAssociação Comercial do Rio. “Evidentemente, ascondições internacionais não sãoexatamente iguais às do começo do ano, e o mundointeiro está se reprogramando”.Segundo o subsecretário, a licitaçãotambém depende de estudos preliminares sobre o trajeto e osinvestimentos necessários ao empreendimento, que estãoa cargo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(BNDES). Em princípio, o empreendimento custaria entre U$10bilhões e U$15 bilhões. “Tem que recalcular. Tem umavariação do dólar agora.” Durante abordagem sobre o projeto do trem-bala,Pinho informou que ele fará paradas intermediáriasentre São Paulo e Rio. Há possibilidade de estaçõesnas cidades de Volta Redonda, no Rio, e São José dosCampos, em São Paulo. “Um trem pode contar com seis partidaspor hora, por exemplo. Quatro [partidas] serão entreRio e São Paulo direto e duas com paradas”, explicou.“Ainda não se chegou a uma conclusãosobre nenhuma das paradas. Isso são indicativos para oconcessionário, que, em função da rentabilidadedo negócio, pode definir por uma parada ou por outra”, disseo subsecretário, em referências às cidades. “Issotambém não quer dizer que daqui a dez anos nãopossamos ter duas ou três paradas no Rio”. Por enquanto, informou Pinho, só estádefinido que, no Rio, o trem-bala partirá da EstaçãoBarão de Mauá, na região da Leopoldina, e quehaverá estações intermediárias entre asduas capitais. “Isso é o que está certo e líquido.O resto dependerá do estudo do BNDES e do interesse da futuraconcessionária”, acrescentou.