PM anuncia reforço para o segundo turno em Cuiabá

24/10/2008 - 0h21

Luana Lourenço
Enviada especial
Cuiabá - A Polícia Militar de Mato Grosso detalhou hoje (24) o esquema de policiamento para o segundo turno nas eleições na capital do estado, Cuiabá. De acordo com o comandante-geral da PM, coronel Antônio Benedito Campos Filho, cada local de votação será monitorado por pelo menos dois policiais, num total de 1,2 mil em toda a cidade. Dados do Mapa da Violência dos Municípios apontam Cuiabá como a segunda capital mais violenta da Amazônia Legal, atrás apenas de Porto Velho (RO). A cidade mato-grossense é a sétima capital com a maior taxa de homicídios do país, com 45 assassinatos a cada 100 mil habitantes. “No primeiro turno, eram 800 [policiais], porque tivemos que dar reforço nos locais de votação no interior, agora vamos nos concentrar na capital. O objetivo é garantir a realização pacífica do segundo turno”, explicou o comandante em entrevista coletiva. No primeiro turno, 22 pessoas foram detidas em Cuiabá e levadas ao “cadeião”, estrutura montada pela PM no fórum da cidade especificamente para apuração de crimes eleitorais. “Vamos atuar durante a votação, na apuração e concentrar esforços na pós-apuração”, destacou Campos Filho.  Após o anúncio dos resultados, a polícia terá contingente reforçado nos pontos de comemoração e nos principais trevos e avenidas da capital mato-grossense. A ação será apoiada por homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Força Tática, segundo o comandante.De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do estado, Cuiabá tem 368.188 eleitores, divididos em 39 zonas eleitorais, que somam 160 locais de votação. Na disputa pela prefeitura da cidade estão o prefeito e candidato à reeleição, Wilson Santos (PSDB), e Mauro Mendes (PR), ligado ao grupo político do governador do estado, Blairo Maggi. Pesquisa Ibope divulgada no último domingo (19) apontou vantagem de 24 pontos percentuais de Wilson Santos em relação a Mauro Mendes. De acordo com o levantamento, o tucano seria reeleito com 58% dos votos, contra 34% de Mendes.