Postos de trabalho cresceram 2,1% em um ano, revela Ipea

30/09/2008 - 0h40

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Umestudo organizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada(Ipea), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios(Pnad) 2007, destacou o aumento de 2,1% no número de postos detrabalho no Brasil em um ano. Entre 2006 e 2007, foram criadas 1,7 milhão de vagas. Havia 79,7 milhões de postos de trabalho em 2006. Noano passado, esse número chegou a 81,4 milhões.O aumento ocorreuprincipalmente no mercado de trabalho formal e houve ainda umadiminuição dos postos de trabalho vinculados àinformalidade, ou seja, empregados sem carteira assinada ou quetrabalham por conta própria. Essa contagem inclui otrabalho não-remunerado ou aquelas pessoas que trabalham paraconsumo próprio ou construção para fins próprios.O grau de informalidade passou de 55,1% para 54,1% entre 2006 e 2007.Além do aumentono número de empregos, o Ipea destacou ocrescimento de 3,2% na renda média das pessoas ocupadas. Esserendimento médio atingiu o maior patamar desde 1996, mesmo coma inclusão na última Pnad da população daárea rural da Região Norte, que representou 2% dapopulação analisada pelo Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE).O estudodo Ipea aponta que o crescimento acumulado da renda médiadas pessoas ocupadas nos últimos dois anos foi de 10,5% e amassa de rendimentos entre 2005 e 2007 ficou próxima a 15%.Outro ponto destacadona análise do Ipea é que as oportunidades de trabalhosurgiram mais para as pessoas com maior nível de estudo, o que vem provocando uma mudança no perfil da força detrabalho no Brasil. Em 1992, 35% da força de trabalho estavanas mãos de trabalhadores com até três anos deestudo e apenas 19% estavam com os trabalhadores com 11 anos ou maisde estudo.Já em 2001,houve uma inversão. A força de trabalho com mais de 11anos de estudo passou a ser maior do que a das pessoas que tinham até três anos de estudo. Os brasileiros que estudaram mais somavam 30% da forçade trabalho e os que estudaram menos ficaram reduzidos a 24% dessemercado.Em 2007 essa diferençaficou ainda maior. As pessoas com até trêsanos de estudos representaram apenas 16% da força de trabalho,enquanto aquelas com mais de 11 anos de estudo participaram com41%.