Abandono é agressão mais comum contra idosos, diz presidente de conselho

30/09/2008 - 19h36

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O abandono é a forma de agressão contra idoso mais comum no estado de São Paulo. Apesar da constatação do Conselho do Idoso do estado, estatísticas sobre as agressões sofridas pelas pessoas que têm mais de 60 anos ainda são muito raras.   "No geral, o que mais acontece é o abandono pelos filhos. Eles procuram alguma casa de longa permanência e colocam pai e mãe, porque dizem não ter condições de cuidar", afirma Tarcísio de Almeida, membro do Conselho do Idoso do Estado de São Paulo. Amanhã (1º), comemora-se o Dia do Idoso.A Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo não possue dados concentrados sobre as ocorrências realizadas em suas seis delgacias especializadas em crime contra os idosos. Apenas existem as estatísticas de uma delas, a mais antiga, que funciona desde 2004 no metrô República,  no centro de São Paulo.Nela, em 2004 foram realizados 642 boletins de ocorrência, 137 inquéritos, 282 termos circunstanciados e 4.488 atendimentos. No ano de 2005, 660 boletins, 132 inquéritos, 321 termos e 3.556 atendimentos. Em 2006, 364 boletins, 73 inquéritos, 165 termos e 2.740 atendimentos. No ano de 2007 foram 329 boletins, 105 inquértos, 103 termos e 3.391 atendimentos. Em 2008, até o mês de setembro, 256 boletins, 33 inquéritos, 40 termos e 1.719 atendimentos. De acordo com dados do SUS, em 2004, 108 mil idosos foram internados em decorrência de violência ou acidente, sendo que 3% desse total correspondem a agressões físicas.Os idosos representam hoje 10,2% da população brasileira, ou seja, 19 milhões de pessoas, segundo o IBGE. A população idosa no Brasil aumentou duas vezes e meia mais do que a população mais jovem, no período de 1991-2000. Até 2020 os brasileiros com 60 anos ou mais deverão somar 25 milhões de pessoas.