Mantega diz que socorro a empresas americanas não pode ser generalizado

17/09/2008 - 0h33

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje(17) que o Federal Reserve (FED) – Banco Central dos Estados Unidos– não deve salvar todas as instituiçõesfinanceiras, no caso de uma crise generalizada, mas considerouacertado o socorro de US$ 85 bilhões à seguradoraAmerican International Group (AIG).Para ele, o governo norte-americano deve socorrerapenas os bancos que possam provocar um risco sistêmico. “OFed não pode permitir que ocorram problemas que afetem todo osistema. Senão, você vai ter uma quebradeira geral e aíé ruim para todos. Acho que as empresas que cometeram o erro,que se comprometeram com crédito pouco seguro, têm quepagar o preço”, afirmou.

Mantega lembrou que essasinstituições já estão sendo penalizadaspor terem apostado em papéis vinculados ao setor imobiliárionorte-americano, estopim da crise que afeta os mercados mundiais.

“O Lehman Brothers virou pó.O problema é quando você tem uma quebradeirageneralizada que atinge vários bancos em diversos países.Você tem que intervir, se não cria um problema maior”,disse.

No caso da AIG, o ministroconsiderou correto e adequado o socorro à seguradora,principalmente depois da experiência do Lehman Brothers. Obanco de investimento não recebeu ajuda do governonorte-americana e terminou pedindo concordata.

“Foi adequada [a iniciativa desocorrer a SIG]. Com isso houve uma acalmada na crise financeira,que não vai acalmar agora e vai continuar. Pelo menos diminuiuo seu impacto na economia mundial”.