Aumento do preço mínimo do feijão deve ampliar área plantada, diz Conab

09/08/2008 - 15h55

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O preço mínimoestipulado pelo governo para o feijão deve gerar um aumento“expressivo” na área plantada do produto. A estimativa é do analista da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)João Figueiredo Ruas. O valor garantido aosagricultores para uma saca de 60 quilos passará de R$ 47 nasafra 2007/08 para R$ 80 na que se inicia agora. Se o mercado estiverpagando menos que isso, o governo entrará adquirindo parte daprodução.O preço de custo atual do grão éR$ 66, bem abaixo do valor médio recebido pelo produtorbrasileiro, em torno de R$ 135, dependendo da região.Entretanto, por ser uma cultura de alto risco, é necessárioque o produtor receba o suficiente para que os três ciclos deplantio por safra se compensem. “Com o novo preço mínimo,a renda do produtor estará garantida”, disse Ruas.O diretor de Gestão de Estoques da Conab,Rogério Colombini, ressaltou a importância de estimularo plantio de um produto que contribui para a segurançaalimentar dos brasileiros. “O governo quer que a produçãodo feijão aumente porque o feijão é um item quepesa muito no custo da alimentação do brasileiro e,conseqüentemente, no índice da inflação.”Na safra 2007/09, que está se encerrando, opaís deve alcançar uma produção de 3,54milhões de toneladas e consumir 3,4 milhões. Apesar deequilibrada, a equação é arriscada.“Aparentemente temos sobra, mas temos que esperar o fim dacolheita”, disse Ruas. Segundo ele, hoje chegou a notícia deque deve haver quebra da safra de feijão no Nordeste, porcausa das chuvas que atingiram a região.