Amanda Motta
Repórter da Agência Brasil
Manaus - Empresários e representantes de instituições públicas, privadas e da sociedade civil aderiram ao FórumAmazônia Sustentável, criado em novembro do ano passado, em Belém.O Fórum tem comomissão o desenvolvimento da Amazônia. Para atingir o objetivo, irá atuar namobilização da sociedade, promovendo o diálogo e a cooperação, paraconstruir e articular ações que promovam a inclusão econômica e socialda Amazônia. O grupo vai reforçar ainda a importância de valorizar as potencialidades regionaise o respeito às diversidades culturais.O fórum, em Manaus, será gerenciado por um grupo composto representantes deempresas, entidas públicas e movimentos sociais. São 13 entidades diferentes, como organizações indígenas, o ConselhoNacional de Seringueiros e o Instituto Ethos, que reúne empresas quetrabalham com práticas de sustentabilidade ambiental e responsabilidadesocial.O assessor de Políticas Públicas do Instituto Ethos, Caio Magri,destacou a necessidade da participação das empresas nos debates sobre odesenvolvimento da região e considera que o Fórum Amazônia Sustentávelestá quebrando paradigmas ao promover o diálogo entre distintas instituições, existentes na Amazônia."Esse fórum é uma tentativa de criar um novo espaço de diálogo naregião amazônia e no Brasil. A diferença dele para outras iniciativas,que não podem ser consideradas de forma nenhuma secundárias, é queconseguimos realizar um diálogo entre empresas, organizações,comunidades e sociedade. As empresas sempre estiveram fora dessediálogo e elas são hoje as maiores responsáveis ou pelas boas práticas,ou pelas más práticas, com relaçào à exploração da Amazônia", declarou.Na avaliação do coordenador-geral da Coordenação das OrganizaçõesIndígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Jecinaldo Cabral, aexpectativa é que o Fórum possa garantir a existência de um grandeprograma de proteção, fiscalização e sustentabilidade para osterritórios indígenas da Amazônia."Sem dúvida, o fórum será importante e estratégico para a Amazônia,mas ele precisará ser construído para desenvolver suas potencialidades.Os territórios indígenas amazônicos possuem atualmente grandevulnerabilidade, em função da grande pressão, por exemplo, que sofremnas áreas de fronteira", disse.O fórum foi lançado na capital amazonense nesta semana e já conta com a participação de mais de85 empresas e organizações da sociedade civil que atuam na Amazônia.Entre eles estão o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), a Fundação Avina,a Fundação Vale do Rio Doce e o Instituto Sócio-ambiental (ISA).A solenidade de lançamento do fórum foi realizada na sede da Federaçãodas Indústrias do Amazonas (Fieam).