Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Delegacia deRepressão a Crimes Fazendários da Superintendênciade Polícia Federal no Amapá ainda não tem umaestimativa do volume do material apreendido pelos agentes federais emtrês estados, em cumprimento hoje (11) a 12 mandados de busca eapreensão expedidos pela Justiça Federal do estado. “Tem muito material achegar ainda. Principalmente das diligências em outros estados.Por isso, a gente não pode precisar ainda a quantidade dedocumentos ou equipamentos apreendidos”, disse o delegado FábioTamura, coordenador da Operação Toque de Midas. O restante do materialdeverá chegar às mãos do delegado no domingo(13).A operaçãoinvestiga fraudes no processo de licitação da concessãoda Estrada de Ferro do Amapá, que teriam beneficiado a empresaMMX, do grupo EBX, pertencente ao empresário Eike Batista, e apreendeu documentos na manhã de hoje no Pará, no Amapáe no Rio de Janeiro.Fábio Tamuraespera analisar todos os documentos em 30 dias, ao fim dos quais seráelaborado um relatório que pode resultar ou não naindiciação de culpados. “A idéia éencerrá-la [a análise dos documentos] o quantoantes.”O delegado nãodescartou a possibilidade de que sejam buscadas novas provas. O delegado FábioTamura revelou que a investigação começou “poracaso”. De acordo com o delegado, havia uma investigaçãoem curso, iniciada no final de 2005, e concluída em julho doano passado, na qual a Polícia Federal apurava fraudes emlicitações na compra de medicamentos na Secretaria deSaúde do Estado do Amapá, e no meio das investigaçõesverificou-se também uma suposta fraude na licitaçãoda concessão da Estrada de Ferro do Amapá. “Então foi poracaso que nós obtivemos essa informação”,disse. O delegado disse que apartir de então a investigação foi desmembrada,passando os esforços a serem concentrados na questão daestrada de ferro. Até o momento aOperação Toque de Midas não efetuou prisões.“Em princípio,uma prisão, que é uma medida mais drástica,exige elementos realmente robustos para fundamentá-la”.